Os diretores do Sindban estiveram nesta quinta-feira, 5/11, em Santa Bárbara D’Oeste para protesto na frente da agência central do Bradesco. Nos últimos dias, apenas nessa agência, quatro bancários foram demitidos. E hoje mais um funcionário do Bradesco foi demitido em Piracicaba.
Essa é uma política que vem acontecendo em todo o País, apesar dos bancos terem feito acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) de não demitir bancários durante a pandemia.
Assim como os profissionais da Saúde, os bancários estiveram na linha de frente no atendimento aos clientes, se expondo e expondo suas famílias. Porém, somente no Bradesco, nos últimos 12 meses, mais de 3300 trabalhadores (as) foram demitidos. Mais de 1300 durante a pandemia.
O banco promete ainda fechar mais de 1.100 agências em todo o País até o fim do ano. Para Ângela Savian, presidente interina do Sindban, “isso representa que o Bradesco vai continuar demitindo, mas os serviços aos clientes continuarão; sobrecarregando os bancários que permanecerem nas agências. Diferentemente de outros setores da Economia, os bancos continuam lucrando muito. Desde o início do ano, o Bradesco teve lucro de 13 bilhões. Por isso não se justificam essas demissões”, avalia.
O fechamento das agências significa ainda demissões de centenas de vigilantes e do pessoal de limpeza, contribuindo para o aumento no desemprego no País, que já ultrapassa 14%.